sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Entretenimento regado a sangue

Quando comecei a acompanhar o MMA (Artes Marciais Múltiplas), ou simplesmente luta livre, achava um absurdo como as pessoas conseguiam gostar de um esporte que é pura violência. Depois fui me acostumando, fui entendendo as regras e passei a encarar de uma outra forma este esporte.  A realidade é que, apesar das polêmicas, o MMA já caiu no gosto não só do brasileiro como também há muito vem fazendo sucesso internacionalmente, tornando-se atualmente um dos esportes mais lucrativos.

Polêmicas à parte, a influência dos brasileiros alavancou todo esse prestígio que o MMA tem hoje. Lutadores como Anderson Silva, Vítor Belfort, os irmãos Minotauro, Lyiotto Machida, etc, todos com uma carreira sólida e milhões de dólares na conta. No Brasil, onde o futebol ainda é a paixão nacional, a luta livre vem forte, galgando degrau por degrau o seu espaço, tanto é que a Rede Globo já começou a se mexer, entendendo que esta "briga", em seu sentido literal, é uma  ótima  oportunidade de nocautear seus adversários na disputa pela audiência.

Concordo que a violência gratuita, por motivos fúteis, não é digna de admiração nenhuma. Mas o MMA é um esporte como tantos outros, onde entra quem quer (e olha que tem muita gente querendo entrar), sendo assim, torço muito pelo sucesso do MMA no Brasil, pois nesse caso, essa é uma briga que vai dar muito IBOPE.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Procura-se uma vacina anti-Barça


Quem consegue parar o Barcelona? Sem dúvida esta é a pergunta que mais se tem feito nos dias atuais. Não é pra menos, o time parece invencível, joga como se estivesse treinando e ainda por cima dá espetáculo. O treinador do barça, Pepe Guardiola, ao ser entrevistado por um repórter brasileiro, indagando como seu time conseguia jogar tão bem, sem dar nenhum chutão e conseguir ter mais da metade da posse de bola em todos os jogos disse: Eu simplesmente porcuro fazer o que vocês (brasileiros) ficaram famosos por fazer tão bem: tocar a bola com objetividade.

Soou como uma bofetada a declaração do técnico, já que o repórter jamais poderia esperar uma resposta tão sincera e ao mesmo tempo tão ironica, que sem dúvida nos induz a uma reflexão profunda na maneira de analisar o futebol brasileiro. O Santos de Pelé, o Flamengo de Zico, o Palmeiras de Ademir da Guia, a própria seleção brasileira na década de 80, eram motivo de orgulho dos brasileiros. Mesmo quem não era torcedor do Santos ou do Flamengo gostavam de assistir aos jogos dessas equipes só pelo prazer de ver os belos dribles e jogadas, características do futebol praticado na época.

O fracasso na Copa de 82 talvez tenha sido o começo do fim. Explicando melhor: Tínhamos o melhor time, os melhores jogadores e praticávamos um futebol extremamente ofensivo. Acontece que isso não foi suficiente para levarmos a taça, daí por diante os treinadores começaram a querer mudar as características e o jeito de atuar dos jogadores, privilegiando a marcação e a força, quesitos que sempre foram o forte do futebol europeu.

Depois veio a conquista de 94, onde mesmo jogando feio, com pouca criatividade e dependendo muito  de Romário, conseguimos erguer o troféu. Isso só acelerou o processo de mortificação do nosso futebol-arte. Daí em diante passamos a alimentar a cultura do que o que interessa é o resultado. Ou seja, se aquela seleção de 82 tivesse conquistado o título e a de 94 fracassado, talvez o nosso jogo atual ainda fosse motivo de admiração dos avós de Pepe Guardiola, e consequentemente poderíamos ter uma equipe capaz de vencer, ou pelo menos igualar as forças diante desse Barcelona fenomenal.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Quem quer um jogador problema?


Se tem um local de trabalho onde o funcionário problemático quase sempre tem vaga garantida é  no campo  de futebol. São os bad boys dos gramados, aqueles que vira e mexe estão metidos em encrencas, faltam aos treinos sem dar satisfação, xingam a torcida e o treinador, chutam os equipamentos da imprensa e mesmo assim ainda são queridos e cobiçados por muitos clubes.

Um que recentemente foi motivo de polêmica foi o jogador Kléber, ex-Palmeiras. Andava sempre procurando um jeitinho de ficar na mídia, ora discutindo com o técnico, ora jogando os companheiros contra a diretoria, ora atiçando a ira da torcida rival, o certo é que Kléber sempre deixou sua marca insurgente pelas equipes que passou. Pois bem, apesar de apresentar esse comportamento "fora do padrão" , ele vivia sendo assediado por muitos times até  que conseguiu  uma transferência para o Grêmio de Porto Alegre.


Outro causador de problemas e nem por isso menos querido é Adriano, agora no Corinthians. Esse é um que não para de alimentar com polêmicas o noticiário esportivo. Já causou mal-estar no Inter  e no Roma da Itália, no Flamengo, já esteve nas páginas policiais, constantemente faltava aos treinos, tem fama de beberrão, Uuuufa! E mesmo assim o Corinthians disse: Venha pra cá meu filho, aqui tu podes imperar! (o bicho é tão sortudo que fez um gol decisivo e o Timão acabou campeão).

Poderia citar vários exemplos de craques com fama de encrenqueiro: Edmundo (esse sem dúvida era um animal, em todos os sentidos), Romário, Renato Gaúcho, Serginho Chulapa, e por aí vai. O certo é que esses jogadores sempre encontravam espaço e eram pretendidos por clubes não só do Brasil, como também do exterior.

Atualmente o atleta que vem causando o maior "furdunço" no meio futebolístico chama-se Carlitus Tevez. Argentino que por enquanto ainda  joga no Manchester City, da Inglaterra. Esse indivíduo citado vez por outra apronta das suas. Foi no campeonato inglês, seu time estava jogando contra (não me lembro quem), que ele (que estava no banco de reservas), foi chamado para entrar em campo. Pois não é que ele recusou veementemente a jogar, despertando a ira do seu treinador Mancini, e por causa disso (não é pra menos) foi posto na geladeira.
Tevez é um grande criador de embaraços (pra não dizer coisa pior). O certo é que o Corinthians já está doido pra trazê-lo para o Parque São Jorge. (Já pensou Tevez e Adriano juntos? Vá gostar de confusão assim lá na China, Timão!

Como foi constatado, todos esses atletas, apesar de serem o que serem, se comportarem de maneira inadequada, conseguiram achar seu espaço. Digamos que se essas pessoas trabalhassem em uma empresa privada, xingassem o patrão, chegassem atrasado, ou simplesmente não comparecessem, ou fossem trabalhar embriagadas, se recusassem a bater o ponto, será que elas continuariam no emprego?
Só o futebol pra acolher com tanto carinho indivíduos que não sabem fazer outra coisa, senão encantar torcidas e  por que não o mundo, com dribles e jogadas desconcertantes.

Ele é a bola da vez



Se tem uma pessoa que curtiu muito o ano de 2011 e ainda tem muita lenha pra queimar nos anos vindouros essa pessoa chama-se Neymar, jogador do Santos. A mídia não para de falar no nome dele, é Neymar pra cá, Neymar pra lá, parece até que o Brasil descobriu o novo sucessor de Pelé, o novo rei do futebol. Apesar de reconhecer que o garoto tem talento, ainda acho que é muito cedo para darmos tamanha responsabilidade a um moleque de apenas 19 anos. 

A prudência recomenda que craques que surgem assim, muito novos, sejam menos badalados, para que no futuro não se tornem promessa que não vingou.
O futebol brasileiro é pródigo em produzir falsos talentos, que a princípio pareciam que iam explodir num grande clube europeu, quando na realidade se transformaram em grandes fiascos. Não quero com isso dizer que ele, Neymar, será um grande fracasso. Longe disso, creio muito no seu potencial e acho que ele tem tudo pra ser um grande ídolo do esporte nacional. Só que pra que isso aconteça ainda há um longo caminho a percorrer.


O Mundial da Fifa e a Copa de 2014 podem ser o termômetro que vai dizer se a mídia estava certa ou errada no que diz respeito à divulgação exacerbada da sua imagem e do seu nome.
É lógico que os invejosos de plantão estão secando, torcendo para que ele não vingue. Pra esses eu digo que a fama que ele conquistou até agora foi fruto do seu talento e trabalho, e que nada, principalmente a inveja, pode tirar-lhe a glória de ser bem sucedido.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Treinador ganha jogo?

Imagine um time de futebol sem o seu treinador: que chances teria essa equipe? Será que conseguiria levantar uma taça? Evidente que não. Só que de nada adianta um bom treinador sem a colaboração e empenho de seus comandados. Quem não já ouviu falar de um técnico que foi deposto porque os jogadores fizeram corpo mole no intuito de derrubá-lo? Sim, isso existe não só no Brasil mas também na Europa e por aí afora. 
Como diz Vanderley Luxemburgo, treinar é uma filosofia muito complicada. Inclusive o próprio Vanderley já foi boicotado quando treinava o Real Madrid. Luís Felipe Scollari também passou por isso quando comandava o time inglês do Chelsea. Ao que me parece, atualmente há uma espécie de rejeição por parte dos atletas aos treinadores rígidos, intolerantes, que só querem saber de disciplina e concentração. (pode ser que seja só impressão minha).
Quando se tem uma equipe forte, bem entrosada e que segue à risca o esquema tático delineado pelo técnico tudo tende a acontecer satisfatoriamente. Há quem diga que é muito fácil dirigir um time repleto de estrelas (como o Barcelona, por exemplo), e também se tem notícia de times medíocres que alcançaram grandes feitos por que tinha um grande líder.
É preciso que haja um perfeito entrosamento entre o técnico e a sua equipe, caso contrário o fracasso virá, assim como virão as cobranças e consequentemente a demissão do comandante. Como se ele fosse o único culpado pela má campanha de seu time.

Sem Brasileirão não dá

Acabou o Brasileirão! Um dos torneios mais emocionantes desde que começou a vigorar os pontos corridos. E agora? o que vai ser de mim nas quarta-feiras e nos domingos? Dias em que ficava ansioso para que começasse a rodada do Brasileirão? Infelizmente, tudo que é bom acaba. Agora só resta esperar o Natal e se preparar para as festas de fim de ano. 
Bom para os corintianos, que viram seu time  ser campeão brasileiro pela quinta vez, e pra esses o fim de ano com certeza será especial. Já para os torcedores que viram seus times serem rebaixados (o meu Ceará, por exemplo), vão ter que se conformar com a segunda divisão e torcer para que em 2012 o time consiga novamente o acesso.
Por falar em segunda divisão, vocês acham que tem coisa pior do que o descenso para esta infame série B? Vocês podem dizer, sim, a série C e a D. É verdade, acontece que quem vivenciou o seu time passar um ano na elite do futebol brasileiro, jogando em casa com o estádio lotado, contra times como Flamengo, Corinthians, São Paulo, Vasco, etc. Não quer sequer imaginar seu time tendo que enfrentar adversários como ABC, Paissandu, Icasa, etc. É castigo demais! Mas futebol é assim, quem não tem competência não se estabelece!