segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Barcelona, exemplo de futebol arte

Faz tempo, muito tempo que não vejo um futebol jogado de uma maneira tão simples e ao mesmo tempo tão eficaz, sem excessivos passes longos, sem chuveirinho na área, enfim, sem jogadas violentas ou coisas similares que tanto maculam esse esporte maravilhoso chamado futebol.
O responsável, digo, responsáveis por essa façanha é uma equipe, um timaço de futebol chamado Barcelona. É sem dúvida o time do momento, a equipe a ser batida. Poderíamos até "furtar" apelidos de alguns times brasileiros que passam por bons momentos para melhor adjetivar esse fenômeno chamado Barça: Bonde sem freio, Carrossel desembestado, Trem bala, Rolo compressor, tudo isso serviria para resumir a maneira de jogar desse elenco tão recheado de craques. Para aqueles que privilegiam a marcação forte, a força física em detrimento da técnica, esquemas retranqueiros, ou seja, para os adeptos do futebol força, a conquista do Barcelona serviu para abrir os olhos de treinadores e dirigentes que a partir de agora (espero), vão procurar "imitar" se é que é possível, a maneira de jogar desse time espanhol, que vem encantando a cada dia que passa, mostrando que jogar bola é uma arte e que essa arte tem que ser estudada, treinada exaustivamente, e acima de tudo esquecer de vez essa tese de que no futebol o que importa é o resultado.
Pois bem, vimos que é possível ter o esperado resultado e ainda por cima dar espetáculo.
É óbvio que para se montar um time vencedor é preciso gastar, contratar bons jogadores e investir nas categorias de base. O Barcelona nada mais é do que a seleção espanhola atuando ao lado do melhor jogador do mundo: Leonel Messi. Assim fica fácil ganhar de todo mundo não é? Ledo engano. Quem não se lembra da seleção brasielira de 2006, que tinha Kaká e Ronaldinho tidos como os melhores do mundo e era cotada para levar o título com o pé nas costas? Todo mundo sabe o que aconteceu, fomos eliminados nas quartas-de-final pela França, uma seleção medíocre que só jogava no contra-ataque. Isso prova que só montar um elenco bom, cheio de estrelas não é o bastante para se obter títulos, além do mais o treinador tem que ser ousado, tem que saber extrair de cada atleta o que ele tem de melhor para então partir pra cima do adversário.
É verdade que nem sempre um futebol bem jogado, extremamente ofensivo consegue se sobrepor diante de uma equipe retranqueira, acontece de o time jogar bem e perder, faz parte do esporte de uma maneira geral. Temos como exemplo a seleção brasileira na Copa de 1982, dirigida pelo saudoso Telê Santana, que "passava o carro" nos seus adversários jogando um belo futebol e acabou sendo eliminada pela Itália, que naquele dia estava em uma tarde inspirada, em que tudo dava certo para a azurra. Isso fez um tremendo mal para para o Brasil, pois foi a partir daí que vários técnicos passaram a acreditar que jogar bem, ofensivamente, era "perigoso", pois a zaga fica frágil e o time acaba sucumbindo. Mas eu sou a favor de que a melhor defesa é o ataque, é a posse de bola, requisitos que o time do Barcelona tem de sobra. Diante disso só tenho um recado a dizer para os nossos treinadores: Mirem-se no Barcelona, mesmo que seu time não tenha um Messi, nem um Niesta, ou seja um clube carente de estrelas, não interessa, o que se deve evidenciar é a mentalidade, a vontade de mudar para melhor, de atacar sempre. E Viva o Barça!

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