segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A dança dos treinadores

É uma partida decisiva, o time mandante domina o jogo inteiro, mas os atacantes não conseguem colocar a bola nas redes adversárias, perdem um gol atrás do outro, por pura incompetência. Faltam poucos minutos para encerrar a partida, de repente, o atacante Paulão é derrubado dentro da pequena área, pênalti a favor do time mandante, alívio para o treinador e sua torcida, pois um gol agora livra o time de vez do rebaixamento e assegura a permanência do técnico. Atenção, o juiz vai autorizar a cobrança, lá vai o centroavante Paulão, correu para a bola, bateu... Pra foooooora! Ele simplesmente isolou a bola, a torcida não se conforma. Faltam poucos minutos para terminar partida e o time visitante arma um contra -ataque, bola cruzada na área, atenção, goooooool contra, e adivinhem de quem, Paulão, ele mesmo, o que acabou de perder uma penalidade máxima cabeceou para o próprio gol, não dá para acreditar, os torcedores não se conformam e pedem a cabeça do treinador, sim, a culpa toda parece ser do treinador, incrível meus amigos. E termina a partida, o time mandante é rebaixado para a segundona, muitos torcedores choram, e o treinador é demitido sumariamente antes mesmo de o time chegar nos vestiários.
Essa é uma estória fictícia mas que reflete muito bem a realidade do futebol brasileiro, ou seja, quem faz a lambança são os jogadores e quem é punido é o técnico. Afinal de contas quem ganha uma partida são os jogadores ou o seu comandante? Uma coisa é certa, técnico não entra em campo, não perde pênalti e nem faz gol contra, mas porque será que ele é sempre o culpado pelos insucessos do time? Eis aí um questão boa para se discutir. Não estou afirmando que o treinador de futebol é um mero enfeite, pois o mesmo é quem define taticamente o time e faz a escalação de acordo com aquilo que ele acha que tem de melhor. E dependendo dessa configuração tática e escalação o time pode perder ou ganhar. Mas o jogadores, são eles que têm a responsabilidade de meter a bola para o gol, de defender, de suar a camisa. Pois bem, o que acontece no Brasil é mais o menos parecido com esta estória que acabei de criar, são os Paulões do futebol que muitas vezes derrubam o técnico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se você gostou, deixe o seu comentário.